Paciente idosa, com 60 kgs, deu entrada com forte dor precordial, com irradiação para dorso e pressão arterial de 220 x 140 mmhg e frequência cardíaca de 120 batimentos por minuto.
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Estava consciente e orientada, mas agitada devido a forte dor que sentia. A paciente fez uma radiografia que mostra alargamento de mediastino importante. Algum tempo depois, ela começa a rebaixar e agora tem glasgow de 6, com bastante escape de saliva pela rima bucal.
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1- Decidimos intubar devido à proteção de via aérea que deve ser feita pelo rebaixamento de sensório.
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2- Pelo relato, desconfiamos de uma dissecção de aorta. Por isso, não podemos deixar esta pressão subir muito e devemos também controlar a frequência cardíaca.
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3- Optamos então por fazer um pré-tratamento com fentanil, para que a pressão não suba com a manipulação da via aérea, seguidos de Etomidato e Succinilcolina.
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4- Começamos então ofertando oxigênio durante três minutos, e sua saturação foi a 96%, sem a necessidade de ventilar. A idéia é manter saturação maior que 94% antes da intubação para evitar que o paciente hipossature durante a laringoscopia.
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5- Administramos então 3,5 ml de Fentanil e aguardamos cerca de dois minutos antes do Etomidato e da Succinilcolina. A dose do fentanil é de 1 a 3 mcc/kg. Em um paciente de 60 kgs, use 3,5 ml.
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6- Agora infundimos 9 ml de Etomidato e 9 ml de Succinilcolina e aguardamos a paciente parada de fascicular. A dose do etomidato e succinilcolina é, respectivamente, 0,3 mg/kg e 1,5 mg/kg. Na prática, para um paciente de 60 kgs, use 9 ml de cada droga.
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7- Após a administração de succinilcolina, alguns segundos depois, o paciente começa a fascicular. Só devemos tentar a intubação após a fasciculação parar.
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8- Progredimos o laringoscópio e, visualizando a via aérea, passamos o tubo.
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9- Fazemos o teste auscultando o tórax do paciente e, agora, iniciamos os cuidados pós-intubação.


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